sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Comboio

Gosto de andar de comboio, ver as paisagens e ver as pessoas que entram e saem.
Ontem, vi uma rapariga em sofrimento pela partida do namorado.
Eu já estava lá dentro, e vi-os cá fora. O beijo apaixonado, o abraço sentido de quem vai estar fora alguns tempos. E o amor não tolera bem a distância...
Ele subiu para a carruagem e os olhos dela procuravam-no lá dentro, com a lágrima no canto do olho e a respiração acelerada, via-se no seu peito.
Nó na garganta e um aceno contido.
Não a conheço, nunca a vi na vida, mas naquele pedaço de tempo eu sofri com ela um bocadinho.
Estranho não é?

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